MPF quer cancelar outorgas de frequĂȘncia da Jovem Pan
O MinistĂ©rio PĂșblico Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pĂșblica pedindo o cancelamento das trĂȘs outorgas de frequĂȘncias de radiodifusĂŁo concedidas pelo estado ao grupo Jovem Pan. De acordo com o MPF, a ação foi motivada pelo alinhamento da emissora Ă campanha de desinformação, com veiculação sistemĂĄtica de conteĂșdos que atentaram contra o regime democrĂĄtico.
Na ação, de 214 påginas, protocolada na segunda-feira (26), o MPF pede que o grupo seja condenado ao pagamento de R$ 13,4 milhÔes como indenização por danos morais coletivos. O MPF pleiteia ainda que a Justiça Federal obrigue a Jovem Pan a veicular, ao menos 15 vezes por dia, durante quatro meses, mensagens com informaçÔes oficiais sobre a confiabilidade do processo eleitoral, usando outros meios.
“A Jovem Pan disseminou reiteradamente conteĂșdos que desacreditaram, sem provas, o processo eleitoral de 2022, atacaram autoridades e instituiçÔes da RepĂșblica, incitaram a desobediĂȘncia a leis e decisĂ”es judiciais, defenderam a intervenção das Forças Armadas sobre os poderes civis constituĂdos e incentivaram a população a subverter a ordem polĂtica e social”, disse, em nota, o MPF.
As frequĂȘncias de rĂĄdio da emissora, cujo cancelamento Ă© pedido pelo MPF, estĂŁo em operação em SĂŁo Paulo e BrasĂlia. O grupo dispĂ”e ainda de mais de cem afiliadas, que retransmitem o sinal a centenas de municĂpios em 19 estados, alcançando milhĂ”es de ouvintes.
Procurado, o grupo Jovem Pan disse que irĂĄ se manifestar apenas no processo judicial.
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