Estas são as práticas menos ecofriendly dos turistas

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Somos todos “ecofriendly”, até deixarmos de o ser. A questão do ambiente vai muito além do aquecimento global ou do plástico nos oceanos. Ser-se “amigo do ambiente” é mais do que separar o lixo ou do que não comer carne. Na realidade, os cuidados com o planeta Terra escondem-se, inúmeras vezes, nas mais pequenas atitudes e nos mais ínfimos gestos. Como tal, zelo e consciência — neste caso ambiental — são cruciais quando o objetivo é fazer-se a diferença.

O lado B das viagens

Viajar faz bem e recomenda-se. Andar de avião, por exemplo, pode ser muito mais cómodo, ou mesmo a única forma de se chegar a certos destinos. Não obstante, a aviação é um dos setores que mais contribui para o aquecimento global. O impacto ambiental e climático relacionado com viagens de avião acontece não só ao nível da poluição do ar, mas também da sonora. Para se proteger o ambiente neste setor, as prioridades devem passar pela transição dos combustíveis fósseis poluentes para combustíveis sustentáveis e pela aposta na utilização de outros meios de transporte sempre que possível.

Realisticamente falando, não se espera que as pessoas deixem de andar de avião — pelo menos não a percentagem necessária para se pôr um ponto final a esta realidade. Existem, porém, pequenas mudanças de hábitos que se levadas em conta pelos turistas podem muito bem apaziguar este cenário pouco animador. Para tal é preciso que, antes de mais, se ganhe consciência das mesmas.

“Sete em cada dez turistas deixam o ar condicionado do quarto ligado todo o dia”

Deixar as toalhas no chão do quarto para que sejam trocadas todos os dias ou encher os pratos de comida no buffet e depois não comer tudo, são, entre outras, algumas das extravagâncias dos turistas. Estas são duas das conclusões de uma pesquisa levada a cabo pelo motor de busca de voos e hotéis, Jetcost. A sondagem efetuada como parte de um estudo sobre as férias dos europeus durante o verão de 2022, e realizada com 2500 pessoas com idade superior a 18 anos, concluiu que muitos turistas “não querem saber” das alterações climáticas, da poupança da energia, ou mesmo da crise alimentar. Inicialmente, todos os entrevistados foram questionados se tinham previsto ficar num hotel este verão, tendo 87% respondido afirmativamente. Em seguida, foi-lhes questionado se estavam totalmente satisfeitos com o hotel ou se fizeram algo contra as suas normas: 90% confessou ter infringido algumas das regras e revelou não estar totalmente satisfeito.

De forma a aprofundar a pesquisa, foi depois perguntado a todos os entrevistados que iriam ficar num hotel quais seriam as atitudes que podiam não estar completamente de acordo com as normas do mesmo e que, certamente, incomodariam hoteleiros e funcionários.

Entre os resultados: 81% admitiu encher os pratos até ao cimo no buffet e não comer tudo; 71% confessou não desligar o ar condicionado do quarto durante o dia; 65% afirmou levar comida do buffet, mesmo sabendo que é proibido; 58% disse deixar as toalhas no chão para serem trocadas diariamente (e desnecessariamente). Além destes (maus) hábitos, uma grande percentagem revelou que: deixava a toalha na cadeira da piscina todo o dia (56%); guardava na mala todos os dias as “cortesias” não utilizadas para que estas fossem substituídas (45%); fumava à janela de um quarto para não fumadores (40%); fazia festas no quarto com música muito alta (38%).

Com um debate a decorrer na atualidade sobre as alterações climáticas e as possíveis medidas de poupança de energia que já estão a ser ou que serão aplicadas este outono, e com Bruxelas a pedir a todos os países da UE para incentivarem os seus cidadãos a limitar a temperatura do ar condicionado a 25 graus e o aquecimento a 19, também o governo português apresentou um plano de poupança energética a ser iniciado em setembro de 2022. Foi assim aprovada uma lei onde ficou definido que essa mesma regra será aplicada em edifícios públicos, estabelecimentos comerciais, espaços culturais, estações e aeroportos.

De pequeno gesto em pequeno gesto é possível amenizar os muitos danos causados à Mãe Terra. Somos todos responsáveis e cada atitude conta.

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